terça-feira, 28 de agosto de 2012

Método Brunnstrom e exercícios domiciliares

MÉTODO BRUNNSTROM E EXERCÍCIOS DOMICILIARES

Fonte: Manual Prático de Reeducação Motora do Membro Superior na Hemiplegia.
Fundamentos no Método Brunnstrom

 
Método de tratamento embasado nos estudos profundo da neurofisiologia, filogenia, ontogenia e observação das respostas motoras comuns a todo hemiplégico.

O retorno neurológico após o AVC foi dividido em sete fases por Brunnstrom:

- Fase I: flacidez imediata, não há presença de atividades reflexa ou voluntária nas extremidades atingidas e as reações associadas não podem ser elicitadas.

Segurar o cotovelo do lado afetado e movimentar para cima e para baixo, para um lado e para o outro (balançar o braço como se estivesse balançando um bebê)


 Apoiar o cotovelo do lado afetado sobre uma mesa e girar o braço para fora e depois em direção ao corpo


Segurar o punho do lado afetado, realizar movimentos deixando a palma da mão para cima e depois para baixo


Juntar as palmas das mãos e realizar movimentos com o punho


 Segurar o punho, dobrar e esticar o cotovelo


- Fase II: início do aparecimento da espasticidade, alguns componentes das sinergias básicas começam a aparecer, mesmo que sob a forma de reações associadas (precisando ser evocadas). Normalmente a flexão do cotovelo e a extensão do joelho são os primeiros componentes a aparecerem. A espasticidade é percebida como leve resistência ao estiramento passivo.


Apoiar a mão aberta sobre uma cama, e apoiar o corpo sobre o braço por 1 ou 2 minutos


Fazer um "braço de ferro" com alguém, com o lado não afetado


Empurrar a mão de uma outra pessoa ou a parede


 Segurar o cabo de uma vassoura sobre uma mesa, empurrar e puxar


- Fase III: espasticidade mais evidente e atingindo o grau máximo, movimentos das sinergias básicas são controlados voluntariamente mesmo que incompletos (sem todos os componentes).


Colocar uma almofada na axila do lado sadio, deve-se apertá-la contra o corpo. Levar a mão do lado afetado em direção ao ombro do mesmo lado


Apoiar o membro do lado afetado (sobre uma mesa ou com ajuda de uma pessoa), o paciente deve dobrar o cotovelo e esticar


Segurar um cabo de uma vassoura sobre um plano inclinado e realizar movimentos de empurrar e puxar


Segurar uma lixa com a mão do lado afetado. Realizar movimentos de empurrar e puxar, inicialmente para frente e para trás e depois para um lado e para o outro


Segurar com as duas mãos uma lixa e realizar movimentos de semicírculos


Sentado ao lado de uma mesa, realizar movimentos de empurrar e puxar, permitindo inclinação lateral do corpo


- Fase IV: espasticidade começa a perder sua intensidade, aparecem os movimentos desviados das sinergias.


Segurar e soltar objetos grandes com ambas as mãos. Tentar abrir o máximo possível os dedos


Passar objetos de um lado para o outro, depois voltar os cones para a posição inicial


Empilhar cones pegando de baixo para cima


Arremessar objetos em um cesto com o membro afetado


Colocar e tirar argolas do braço afetado, depois realizar com o outro braço

Segurar o cabo de uma vassoura com ambas as mãos, esticar o braço para frente e rolar o bastão para um lado e para o outro


Levantar o bastão para cima da cabeça e depois até a nuca


Segurar o bastão com a mão afetada, rodar para um lado e para o outro, sem movimentar o ombro, movimentar apenas o punho


- Fase V: espasticidade esboçada, sinergias perdem sua dominância sobre o comportamento motor e aparecem os movimentos combinados.


- Fase VI: espasticidade praticamente ausente, contração muscular isolada pode ser efetuada.


- Fase VII: restauração completa da função motora, coordenação motora praticamente normal.



ESPERO QUE TENHAM GOSTADO
UM FORTE ABRAÇO
SIMONE OSHIRO

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Principais Objetivos da Terapia Ocupacional

Em Neurologia, o terapeuta ocupacional visa
  • ao treinamento para independência funcional no desempenho de atividades de vida diária (alimentação,vestuário,higiene,locomoção,afazeres domésticos e atividades de lazer);
  • ao controle de edemas e dor – muscular e/ou articular;
  • à reeducação/melhora da propriocepção e outras alterações sensoriais e perceptocognitivas.;
  • à estimulação para planejamento motor (normalização do tônus do tronco, dos membros superiores e inferiores, da postura e da coordenação de movimentos para execução da atividade);
  • à prescrição de órteses para posicionamento dos membros, preservando a função e as sensações táteis e proprioceptivas;
  • à indicação de adaptações de utensílios domésticos, de objetos de uso pessoal ou profissional;
  • à orientação para o desempenho das atividades profissionais anteriores ou indicação e treinamento da novas atividades profissionais;
  • à avaliação constante das condições emocionais e suporte;
  • à reintegração às atividades (ir a supermercados, feiras, shoppings, restaurantes, caminhar na rua, fazer uso de meios de transportes, usar o telefone etc.).






Em Ortopedia e Traumatologia, visa


  • à prevenção de deformidades;
  • ao treino da independência nas atividades de vida diária e do cotidiano;
  • à confecção de órteses e/ou adaptações;
  • ao alívio de dor;
  • ao controle do edema;
  • ao ganho de amplitude de movimento e força;
  • ao manuseio da cicatriz;
  • à reeducação sensitiva.



Em Reumatologia, visa
  • ao aumento da amplitude articular, da força e da resistência;
  • à independência e autonomia;
  • à diminuição do processo inflamatório (dor, edema e deformidades);
  • à orientação ao paciente em relação à conservação de energia e proteção articular;
  • à confecção de órteses e adaptações para realização das atividades;
  • à orientação a família e ao paciente e preparação profissional para a volta ao trabalho e atividades de lazer;
  • suporte emocional e esclarecimentos de que necessitar. 



Fonte: Livro Terapia Ocupacional: Reabilitação física e contextos hospitalares. Marysia M. R. Prado De Carlo, Maria Cândida de M. Luzo (org.)



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